III Encontro Nacional sobre Responsabilidade Social e Ensino Superior

    EventoENRES

    Mais de 130 participantes assistiram ao evento organizado pelo Observatório de Responsabilidade Social (ORSIES) onde se apresentou o trabalho desenvolvido por um conjunto de 29 instituições de ensino superior nos últimos dois anos de pandemia.

     

    Apesar dos constrangimentos, o ORSIES desenvolveu inúmeras atividades de natureza variada, tal como Rui Marques (CEO da Forum Estudante) apresentou na sessão de abertura, fazendo memória das atividades de 2021, tais como reuniões sobre temas pertinentes com convidados especialistas, formações, grupos de trabalho específicos, relações de parceria, seminários, entre outros.

    Rui Marques apresentou sumariamente o projeto Transforma Portugal e passou a palavra a Fábio Silva, um dos responsáveis pelo Transforma Brasil, que salientou a importância da colaboração na conceção e gestão de qualquer rede, reforçando a importância do voluntariado jovem na construção de uma sociedade mais cidadã e responsável.

    Cristina Carita, coordenadora do Observatório de Responsabilidade Social, referiu a importância deste Encontro Nacional como uma ocasião de celebrar o trabalho realizado por esta comunidade de aprendizagem e partilha e apresentou os três projetos a ser divulgados de seguida pelos coordenadores dos grupos de trabalho.

    De seguida, Paula Morais (Universidade Portucalense), em nome do Comité Coordenador do projeto Práticas Inspiradoras de Responsabilidade Social, apresentou o novo projeto que teve inicio em 2021, mas que se espera ver concretizado até ao final de 2022 e que tem como objetivo dar visibilidade a todas as práticas de responsabilidade social que as IES membro do ORSIES têm desenvolvido, no sentido de poderem ser uma aprendizagem comum e um potencial de estabelecimento de parcerias e de replicação.

    Carmo Themudo da Universidade Católica Portuguesa e uma das coordenadoras do Grupo de Trabalho Aprendizagem-Serviço apresentou o grupo e o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido, nomeadamente no que diz respeito a formação avançada sobre esta metodologia e as intervenções previstas para o ano de 2022, quer em termos de dar visibilidade às experiências de aprendizagem-serviço em Portugal como no estrangeiro.

    As coordenadoras do grupo de trabalho dos Indicadores de Responsabilidade Social, Joana Lobo Fernandes (Escola Superior de Educação de Coimbra) e Susana Fonseca (ISCTE-IUL) fizeram uma breve apresentação do percurso desenvolvido, quer em termos teóricos como práticos, apresentando o modelo e a ferramenta dos IRSIES.

    De seguida, Cristina Carita apresentou o Relatório Global 2020/21 através dos resultados da análise e das principais conclusões retiradas com base na informação das IES que implementaram a ferramenta neste primeiro ano de autodiagnóstico, permitindo definir o ponto de situação atual face à responsabilidade social e, a partir daqui, definir um plano de ações que permita traçar um caminho a desenvolver nos próximos anos.

    Por fim, a voz de quatro IES partilharam a sua experiência com o autodiagnóstico dos Indicadores de Responsabilidade Social, as dificuldades, as estratégias de funcionamento e os benefícios para a instituição. Assim, Ana Paula França (Escola Superior de Enfermagem do Porto) enquanto representante de uma IES que entrou no ORSIES no primeiro trimestre de 2021, referiu que não tendo acompanhado o trabalho dos IRSIES, foi importante o acompanhamento e a mentoria da equipa do ORSIES para levar a cabo o seu autodiagnóstico. Ana Sofia Rodrigues (Instituto Politécnico de Viana do Castelo), representante de uma IES que realizou não apenas um autodiagnóstico, mas oito, já que resolveram incluir cada escola e os SAS enquanto entidades autónomas para identificar o ponto de situação de cada uma e definir um plano de ação, não apenas para a IES, mas também para cada uma das unidades orgânicas e incluir os indicadores de responsabilidade nos seus procedimentos internos no que diz respeito às certificações de responsabilidade social e de qualidade. Filipe Rocha (Universidade de Coimbra) enquanto representante de uma IES com uma grande dimensão e heterogeneidade apresentou o seu modelo de trabalho e como conseguiram, com base no seu Plano Estratégico e na experiência do Projeto Piloto dos IRSIES, desenvolver uma equipa com o apoio da gestão de topo e assente no Gabinete para o Desenvolvimento Sustentável da UC. E Isabel Malheiro (Escola Superior de Enfermagem de Lisboa) partilhou o modelo de trabalho de uma Escola mais pequena e com um foco específico na área da saúde, em especial com os seus desafios, estratégias e oportunidades de aprendizagem para a instituição.

    Na sessão de encerramento, o Senhor Ministro Manuel Heitor (Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior) referiu que o aumento dos jovens no ensino superior se tem traduzido também num maior envolvimento em atividades e adoção de práticas de responsabilidade social em temas como os que o ORSIES tem vindo a trabalhar.